Na roleta o 13 é preto, mas nesta eleição pode ficar com outra cor.
Chegando à reta final Dilma e o PT tentam um sprint para decidir a parada já no primeiro turno.
Não vou me espantar se nos próximos dias acordar com a divulgação de notícias bombásticas, verdadeiras ou não, "descontruindo" Aécio.
O caso do aeroporto de Montezuma foi uma fofoquinha de comadre e, depois de quatro anos se preparando para enfrentar o tucano, é impossível que a campanha de Dilma não tenha acusação mais forte. A munição deve estar bem guardada e vai ser utilizada quando o adversário não tiver condição prática de se defender. É provável que a denúncia mais pesada, a bala de prata, seja utilizada somente num possível segundo turno, ou talvez nunca, pois sempre haverá, espera-se, outras eleições.
Ataques contra Marina o PT, provavelmente, vai deixar por conta do PSDB.
Nenhuma denúncia, verdadeira ou não, vai conseguir abalar a posição de Dilma e este é o drama de seus adversários, para vence-la vão ter que mostrar suas próprias qualidades e, ao final, encantar metade mais um dos eleitores.
Indo para o segundo turno, com mais tempo de TV, talvez a fada da floresta possa virar o jogo novamente, mas parece que mais que o excesso de pragmatismo programático, uma sensação de desalento e de descrença no sonho vai cobrando seu preço. Os marineiros não estão batendo palmas e todo mundo sabe que sem ouvir as palmas, as fadas morrem.
Um segundo turno contra Aécio, se acontecer, vai ser diferente do que foi planejado há seis meses em ambas as campanhas. Se Aécio chegar, vai ser com força, com a moral de quem superou uma enorme adversidade, só que quarenta por cento de preferência popular é um mundão de votos.
Como imagino que Marina vai repetir 2010 e não vá apoiar ninguém, a tarefa de Dilma vai ser conquistar pouco menos da metade dos marineiros para se eleger. Aécio depende de um milagre de marketing que convença o eleitor de sua competência como possível Presidente.
O que me preocupa numa cada vez mais provável vitória de Dilma é a fatura que lhe vai ser cobrada pelos radicais de esquerda.
O descaminho econômico talvez seja corrigido com um choque de pragmatismo aplicado por Lula, já a democracia representativa ...
Não acredito que em 2015 tenhamos um Stedile Ministro da Reforma Agrária, até porque imagino que ele prefira não integrar um governo burguês, mas é líquido e certo que o acesso a verbas e convênios por parte dos "movimentos sociais" vai ter um incremento substancial e o acirramento das tensões vai se dar com o consentimento do Planalto.
A roleta esta girando, a bolinha vai pulando, Deus abençoe o Brasil.
Já ia me esquecendo, na roleta não tem 40 nem 45 ,,,
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