sábado, 11 de outubro de 2014

O empate técnico e o legado de 1789

Neste momento a eleição esta empatada.
Os tucanos que me perdoem a franqueza, a favorita continua sendo Dilma.
Quase metade da população ainda vota no PT não dando importância ao noticiário negativo.
A quase metade que vota em Aécio pode mudar de ideia se aparecer uma notícia muito ruim.
Mas se Dilma ganhar, não sei se o sabor da vitória lhe será doce, a estratégia de subir o tom na guinada à esquerda esta nos legando um país perigosamente dividido, mergulhado em conflitos artificialmente acirrados que podem nos levar a situações a que estamos pouco afeitos.

O povo acabou de eleger um dos congressos mais conservadores da história.
A maioria ampla e silenciosa dos eleitores não adere às mesmas teses das minorias barulhentas e muito ativas na mídia.
O povo, mesmo o que vota em Dilma, não concorda com cotas raciais, com o estatuto do menor, com a demarcação de reservas indígenas e quilombolas, com a invasão de terras e moradias, com o financiamento público de campanhas políticas ...
Vitoriosos, os radicais vão se achar no direito de "avançar" numa direção que historicamente nunca produziu bons resultados.

A revolução, a verdadeira, não se faz por ato de força, muito menos por decreto.
O primeiro passo para o progresso social no Brasil vai estar dado quando entendermos que programas de renda mínima não são caridade nem apologia ao ócio mas uma evolução natural da civilização.
Pode levar gerações, mas somente quando este princípio brotar espontaneamente dos corações e mentes de todo o povo teremos um sociedade em que seja possível exigir de cada um segundo sua capacidade e devolver a cada um de acordo com sua necessidade.
O avanço não se dá por meio da luta de classes, do centralismo democrático ou de decisões heroicas, a igualdade e a fraternidade serão filhas gêmeas do amor e da educação que pudermos legar a nossos filhos. A liberdade - ah ! a liberdade ! - é o corolário natural de uma sociedade em que os diferentes se respeitam e reconhecem nas diferenças a mesma origem divina.

A revolução transformadora é obra dos jovens e apenas dos jovens.
Aos velhos revolucionários peço paciência, tolerância, e esperança.
Aos jovens peço que consultem a enorme generosidade que guardam na alma.
Se tiverem tempo, que atendam também à pressa do Papa Francisco.
Sejam revolucionários !


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