quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Coisas da guerra

Ah vaidade ! Não és companhia para guerras.

Aécio foi para o debate como um graduando que apresenta o trabalho de conclusão de curso a uma banca de professores amigos. Dilma chegou como a advogada do filho em um juri popular.
A audiência recorde foi fruto da campanha tucana que desejava um Mineirão lotado aplaudindo a goleada e garantindo a vitória com muitas rodadas de antecipação.

Dilma não foi debater programa de governo ou ideologia política mas derrotar o oponente numa discussão, ou passar a imagem de que derrotou.
Disse verdades e mentiras com a convicção dos justos.
Com estratégia bem preparada, teve seu grande momento numa fala inimaginável quando chamou a si a responsabilidade pelas investigações na Petrobras e  transferiu as acusações de corrupção para o lado do adversário, mas a vitória se deu com a pergunta não feita, talvez guardada para o futuro, quando colocou a questão da violência contra a mulher.
Aécio vacilou feio, demorou a responder, talvez antecipando a explosão de uma bomba na réplica, e quando a bomba não veio congelou bons 5 segundos antes de se pronunciar na tréplica.
Aí acabou o jogo, a oratória estudada e brilhante de Aécio perdeu a emoção e a auto-confiança, foi se arrastando vazia até o fim do programa.

Dilma comemorou a ultrapassagem do maior obstaculo sorrindo e batendo com a pranchetinha de notas na palma da mão esquerda.
Ao ser cumprimentada por Aécio imagino que possa ter lhe dito ao pé do ouvido: aqui em casa o sistema é bruto moleque.

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